Input da Formação AEP

Helena Rocha, Formação AEP

AEP em constante investimento na formação profissional para dar resposta às necessidades do tecido empresarial

O compromisso da Associação Empresarial de Penafiel (AEP) com a Educação / Formação vem de longe. Com o propósito de formar profissionais para integrar o mercado de trabalho, a AEP já certificou milhares de jovens e adultos que através das competências alcançadas nos cursos profissionais conseguiram encontrar empregos estáveis e de sucesso.

Um caminho feito sempre em parceria com o Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) e que tem dado frutos com o aumento de jovens e adultos, ao longo dos anos, a procurar a formação credível e com provas dadas nos cursos profissionais, sendo para jovens através dos Cursos de Sistema de Aprendizagem, com dupla certificação, quer para adultos que regressam à formação para completar o ensino secundário através de cursos profissionais que os colocam no mercado de trabalho com mais competências e capacidades. Esta ligação institucional garantiu à formação da AEP credibilidade e estabilidade na condução dos cursos, sendo hoje um centro de formação com provas dadas à comunidade.

Esta preocupação em formar profissionais para integrarem o mercado de trabalho é importante para a AEP, uma vez que consegue capacitar as empresas com melhores recursos humanos, permitindo assim desenvolver o tecido empresarial do concelho.

O foco na formação dos jovens, justifica-se muito pelo facto de estes poderem desenvolver uma carreira profissional direcionada e especializada para uma determinada profissão, criando-lhes assim as condições para preencher a oferta de trabalho existente na sua região e, por consequência, permitir a fixação de população na região de origem. É de extrema importância não deixar sair recursos humanos, muito menos quando são necessários e qualificados. Os cursos profissionais sendo pensados para colmatar as lacunas de mão de obra existente, conseguem dar essa estabilidade aos jovens, mantendo-se nas suas terras, trabalhando nas empresas locais e desenvolvendo o setor empresarial da região, bem como toda a sociedade.

No caso dos Cursos de Sistema de Aprendizagem, a história na AEP remete para finais dos anos 90, início de 2000, quando a instituição começou a criar turmas e a trabalhar todo o processo de formação, com formadores próprios e gestão de todo o curso, sempre com a orientação e apoio do IEFP. Se no início abriam 2/3 turmas por cada ano letivo, hoje é o tempo que se preenchem 6 ou mais turmas. É o caso de 2023, em que o IEFP confiou na AEP a captação de seis novas turmas/cursos.

Para Helena Rocha, profissional da área da formação da AEP há 25 anos, “a evolução da formação da AEP deve-se a um trabalho contínuo que nos levou a ter credibilidade junto da comunidade e isso traz-nos, ano após ano, mais jovens que procuram formar-se numa profissão”, começa por explicar. “Temos bons exemplos ao longo dos anos de jovens que seguiram os estudos para o ensino superior, e temos mais ainda exemplos de jovens que saíram da formação e integraram empresas do concelho e da região e hoje são excelentes profissionais. É obvio que isso nos enche de orgulho”, confirma.

Este trabalho que tem vindo a consolidar nas últimas décadas, deve-se também, segundo Helena Rocha “ao apoio e orientação que sempre tivemos com o IEFP, que nos permite cumprir com os objetivos, que nos incentiva e exige melhorias ao longo dos tempos e que nos permite ser uma instituição de referência”.

No entanto, não foram só sucessos que a AEP encontrou neste caminho, algumas dificuldades foram surgindo quer em termos físicos, com a necessidade de crescer, quer em termos de perfil do formando. “O formando foi mudando com os tempos, como toda a sociedade. Se no início do novo século, os formandos tinham outras necessidades e objetivos, como entrar rapidamente no mercado de trabalho, agora percebemos que os formandos ainda não trazem esses objetivos definidos e trazem com eles dificuldades associadas ao seio familiar. É, também, para nós um desafio acompanhar melhor estes jovens. No que toca às instalações, com a maior procura, tivemos de nos atualizar, melhorar condições nas salas e acima de tudo aumentar o número de salas. Tudo isso implica trabalho e dedicação de uma equipa que diariamente chega para contribuir para o futuro de todos e da AEP”, afirma Helena Rocha.

Neste caminho de mais de 20 anos de formação para jovens e adultos, a perceção sobre a formação profissional também foi mudando, sendo muitas vezes desvalorizada ou direcionada para jovens sem pretensões de profissões que carecem de formação superior, colocando muitas vezes à vista as dificuldades dos jovens na aprendizagem.

No entanto, para Helena Rocha este estigma surgiu mais recentemente também pela mudança da própria sociedade, em particular dos jovens. “Percebemos, muitas vezes, que o estigma vem por parte da família que pretende que os seus filhos possam ser e ter o que os pais não conseguiram, pelo que incentivam a profissões de caráter técnico superior. No entanto, tentamos mostrar que nem todos os jovens têm essa vontade e que podem ter sucesso em profissões que hoje são mais necessárias para as empresas que se encontram com dificuldade em recrutar. Sabemos que o trabalho tem de ser feito mostrando que há sucesso nestes cursos e mostrar exemplos que já saíram da nossa instituição e que se tem assumido como uma mais-valia nas empresas em que trabalham. Há casos de sucesso que comprovam que esses jovens podem entrar no mercado de trabalho e ter uma vida estável e confortável”, explica Helena Rocha que já vivenciou várias realidades na formação ao longo dos 25 anos de ligação à AEP.

A aposta na formação profissional continuará a ser um objetivo da instituição uma vez que o tecido empresarial está em constante mutação e as suas necessidades também. O futuro vai continuar a precisar de profissionais qualificados e Helena Rocha não tem dúvidas que a AEP “continuará a dar resposta às empresas com a capacitação de jovens e adultos. Temos uma equipa capaz e comprometida em dar o melhor, e sabemos que o futuro nos trará mais desafios”.

No entanto, e para acompanhar essa evolução, a técnica superior da formação da AEP considera que “é necessário estarmos em constantes atualizações, quer de meios físicos quer de meios tecnológicos. É preciso que a tutela nos permita crescer, ajudando com investimento em infraestruturas e equipamentos. Não podemos querer mais sem investimento, há muito a fazer pela educação e formação dos jovens e o nosso centro de formação também precisa desse investimento para acompanhar as necessidades”, conclui.