O sector factura mais de mil milhões de € /ano e emprega, em postos de trabalho directos, mais de 12 mil trabalhadores.

Hoje, Portugal é o sétimo maior exportador mundial de Pedra Natural em termos agregados. As vendas para mais de 120 mercados têm vindo a aumentar, ultrapassando em 2019, os 468 milhões de Euros. Face a estes valores teremos de reconhecer a capacidade dos nossos empresários que têm sabido identificar oportunidades e transformá-las em negócio.

É notável a evolução das empresas do sector do granito desta região.

Graças à resiliência e empreendedorismo dos nossos empresários, atualmente, o setor encontra-se tecnologicamente bem preparado e fornece sobretudo produto pronto a instalar, normalmente designado produto acabado com valor acrescentado e de qualidade, respondendo a países exigentes e espelhando a real capacidade do sector nacional.

Ao enunciarmos as vantagens do nosso tecido empresarial, destaca-se o elevado potencial em termos de capacidade de satisfazer soluções à medida; os elevados índices de flexibilidade e rapidez de resposta aos clientes; diversidade da oferta com boa relação qualidade/preço, quer para arquitetura de interiores quer de exteriores; a modernidade tecnológica e acrescem ainda as características do próprio produto como sendo, a qualidade, versatilidade e intemporalidade. Vantagens estas que aliadas à capacidade de adaptação das empresas, têm vindo a ser muito valorizadas diferenciando o produto português.

Realça-se o forte contributo da ANIET no acompanhamento de temas como a sustentabilidade, a economia circular, a digitalização e internacionalização das empresas portuguesas, através de projetos conjuntos e ações de promoção setorial.

Há, no entanto, barreiras internas que é necessário ultrapassar. Os custos dos combustíveis e energia elétrica são os principais e é uma reivindicação reiterada da ANIET que exige apenas condições iguais às outras empresas europeias com as quais competimos.

Além disso, a nova legislação prevista para o sector, como sendo a lei de minas, a de pedreiras e a reforma antecipada, têm vindo a condicionar negativamente o normal funcionamento das empresas, retirando-lhes competitividade. Estes têm sido temas que a ANIET não descura.

Convém relembrar a cada momento que o sector extractivo é imprescindível na sociedade moderna, pois sem ele não teríamos a qualidade de vida que temos hoje, não teríamos casas, estradas, computadores, telemóveis, eólicas e tudo o que nos rodeia. Tem ainda um papel fundamental para a descarbonização e transição energética, pois extrai os minerais necessários para a produção de energias verdes e renováveis. Por isso, este sector deveria de ser cada vez mais acarinhado pelas entidades governamentais, pois sem ele não será possível qualquer transição energética.

O Sector da Pedra Natural tem investido na adoção de boas práticas de segurança e ambientais e são exemplo disso, várias empresas aqui da região do Tâmega e Sousa, de quem a ANIET e todos nos devemos orgulhar.

Face a este percurso, a ANIET vai continuar a sua estratégia de apoio aos seus associados e acompanhamento das empresas nos programas de sustentabilidade e internacionalização que tem em curso.

A ANIET representa os 3 subsectores: Rochas Ornamentais, Rochas Industriais e o Sector Mineiro, quer na vertente Extractiva, quer Transformadora e tem por missão apoiar os seus associados, representando-os e defendendo-os pelo importante papel que desempenham a nível económico e social.