Input Colaborador mais Antigo da AEP
Edite Fonseca – Tesoureira da AEP
“Vou de Missão Cumprida pela Dedicação de Décadas à Minha Segunda Casa”
Edite Fonseca entrou na Associação Empresarial de Penafiel quando a instituição pensava recrutar um administrativo que “não fosse mulher e muito menos com filhos”. A verdade é que escolheram pela competência “uma mulher acabada de ser mãe e que ficou toda uma vida”, começa por se apresentar a colaboradora com mais anos de casa.
Nesta edição comemorativa dos 130 anos da AEP recuámos até outubro de 1986 quando Edite Fonseca entrou pela primeira vez na instituição. Passam 36 anos de uma vida dedicada a esta instituição e que “nunca troquei pelo gosto e estabilidade que a casa me deu ao longo da minha vida profissional e pessoal”.
Começou por ser “tudo” porque não havia mais ninguém para além dos membros da Direção, tendo por isso as tarefas de atendimento aos associados e tesouraria com apoio à contabilidade, numa altura em que havia mais de 500 associados ativos.
O trabalho era feito na sede, na Rua do Paço, e foi depois da sua entrada que o projeto das novas instalações se iniciou. “Foram anos de muito trabalho porque estava sozinha e tinha muita burocracia para tratar relativamente à construção no novo edifício. Levei muito trabalho para fazer em casa, mas sempre que precisei de tempo para apoio à família nunca me foi recusado, pelo contrário”, explica Edite Fonseca que esteve até início dos anos 90 como única colaboradora da instituição centenária.
A formação da AEP passou a ser uma aposta forte nessa altura e foi quando Edite Fonseca passou a ter companhia na equipa. Foi crescendo ao longo dos anos “de forma sustentada e equilibrada. Sempre gostei de ver gente nova a entrar. O que me deixava triste era quando escolhiam outro caminho e saíam”, adiantou.
É das colaboradoras com ligação mais frequente aos membros da Direção pelas tarefas que ainda hoje tem em mãos.
“A tesouraria foi, desde que entrei, a área que mais me ligou a todas as Direções. Foram, todas elas, diferentes e ao mesmo tempo boas. Em cada momento da AEP, senti que os Diretores sempre deram o melhor que sabiam para que a instituição não falhasse compromissos. Tenho muito orgulho na casa a que pertenço e em todos os elementos que já vi passar por cá”, esclareceu, enaltecendo a Direção atual pela jovialidade e entusiasmo que passam a todos da equipa.
A evolução da instituição desde a sua entrada tem sido visível até para a comunidade em geral, mas é pelos associados que Edite Fonseca recebe os melhores e menos bons comentários sobre a AEP.
“Por um lado, já tive alguma argumentação difícil para defender a minha casa e já tive quem me pedisse desculpa. Sempre estive cá para defender a casa. Por outro, também não posso esconder o carinho que os associados de longa data me demonstram. Há quem me chame «Ditinha» e quem me ligue em todos os aniversários e festas. São muitos anos de ligação”, disse emocionada.
Nos dias que correm, a equipa vai já em mais de 20 colegas e Edite Fonseca fica igualmente satisfeita quando entra alguém de novo.
“Fico feliz porque é sinal de que a casa pode receber mais pessoas e está em crescimento. Sangue novo é bom para todas as áreas”, confessa ao lembrar que “já me falta pouco tempo para ficar cá, mas vou de missão cumprida pela dedicação de décadas à minha segunda casa. Segunda casa e a casa que mais me preocupou sempre. Apesar da família estar em primeiro lugar, é com esta segunda casa que me preocupo mais”.
Edite Fonseca é prova viva de que uma carreira profissional pode passar por uma só casa sem arrependimentos.
“Tive outras propostas ao longo dos tempos e nunca aceitei porque adoro trabalhar na AEP”, concluiu.