A AEP – Associação Empresarial de Penafiel, promoveu no passado dia 9 de julho no Museu Municipal de Penafiel, a sessão “Comércio Digital em Penafiel – Qualificar o Comércio e Serviços para a Economia Digital” numa iniciativa conjunta com a ACEPI e a CCP, com o objetivo de explicar a empresários e comerciantes do concelho a importância do mercado online e como podem captar novos clientes e expandir negócios através da internet.
Na abertura da sessão, Pedro Cepeda, Vereador da Câmara Municipal de Penafiel, agradeceu o papel da ACEPI no âmbito do desenvolvimento da economia digital portuguesa, lembrando que “o digital é uma realidade incontornável, que coloca às empresas novos desafios e novas dificuldades, mas que abre também novas oportunidades para o comércio e serviços”.
De acordo com Nuno Brochado, Vice-Presidente da Associação Empresarial de Penafiel, a evolução da economia é hoje indissociável das novas tecnologias e implica o domínio de ferramentas associadas ao digital, em que a internet está a favorecer o surgimento não só de novas competências e novas profissões, como de novas formas de contacto com clientes e potenciais clientes, afirmando que “Os empresários que continuam offline estão a desperdiçar as potencialidades da internet, seja na possibilidade de chegarem a mais pessoas e de tornaram os seus negócios mais visíveis, seja através do e-commerce e da venda online. Na AEP damos o exemplo e já utilizamos o digital para quase tudo, quer ao nível da promoção de eventos, quer ao nível do nosso site onde já pode submeter uma proposta de associado, inscrever-se no nosso Cartão AEP Saúde ou até permitir a inscrição em cursos de formação”.
Para enquadrar precisamente estas ideias, o coordenador do programa Comércio Digital da ACEPI, António Teixeira, apresentou à plateia dados referentes à economia digital portuguesa. “Os portugueses estão a comprar cada vez mais através da internet, mas a maioria dessas compras é realizada no estrangeiro”, destacou, assinalando que este fato se deve essencialmente à escassa oferta de produtos portugueses online: “60% das empresas portuguesas, independentemente da sua dimensão, não têm ainda qualquer presença online. Não têm website, nem redes sociais, não estão em marketplaces nem podem ser encontradas através do Google MyBusiness”. “São números que a ACEPI quer ajudar a inverter”, afirmou. Para isso, o programa Comércio Digital está a percorrer o país, para realizar um total de cento e cinquenta sessões de (in)formação, com o objetivo de apoiar a transformação digital das micro, pequenas e médias empresas portuguesas, do sector do comércio e serviços.
Nesta sessão, os participantes tiveram ainda oportunidade de assistir a uma curta formação sobre marketing digital. Numa vertente mais prática, que visou dotar a plateia de ferramentas básicas para iniciar a presença online dos seus negócios, Tomás Capela Martins, especialista em e-commerce e formador do Comércio Digital, focou-se na necessidade dos empresários e comerciantes ganharem mais visibilidade através da internet.
A sessão finalizou com um debate entre os vários parceiros da iniciativa da ACEPI, incluindo informação sobre pagamentos online, cibersegurança e sistema de entregas, entre outros. A propósito de reclamações online, Melissa Frias, Técnica da DGS – Direção Geral do Consumidor, lembrou aos presentes que já existe legislação que estabelece a obrigatoriedade do Livro de Reclamações Eletrónico. “O registo dos operadores económicos na plataforma digital do Livro de Reclamações deverá ser efetuado até 31 de Dezembro”, informou, assinalando que inicialmente o prazo limite era até 01 de julho.
Para saber mais sobre o tema, o programa comerciodigital.pt inclui ainda uma Academia online e, paralelamente, as empresas interessadas podem também beneficiar da oferta de um Voucher 3 em 1, que, durante um ano, dá acesso ao registo de um domínio .PT gratuito, contas de email profissionais e ferramentas para alojamento e construção de um website básico.